quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Enfim a maioridade profissional!

Cheguei a mais uma “maioridade”, dessa vez profissionalmente falando... Há 18 anos, agosto foi o mês em que entrei pela primeira vez em uma sala de aula como professora! Não me lembro o que eu senti... Se emoção, medo, ansiedade ou tudo isso junto... A única coisa que me lembro era da CERTEZA! Eu sempre soube que a sala de aula era o meu lugar... Ainda criança, anunciava aos quatro ventos que seria professora; Não queria necessariamente fazer uma licenciatura, mas quando eu pensava em qualquer outra área do conhecimento, junto vinha o pensamento de que eu poderia dar aula... E assim veio o Ensino Médio, na época podíamos optar pelo Médio Profissionalizante ou o Médio Científico (preparava para o vestibular), não pensei duas vezes... Fiz o processo seletivo para entrar em uma escola de Magistério – que era referência na cidade e me inscrevi em um cursinho pré-vestibular para poder ao mesmo tempo – no fim de três anos – entrar no Ensino Superior e na profissão desejada por toda uma vida! Deu certo... E aqui estou... 18 anos de caminhada e de um eterno aprender e reaprender... construir, desconstruir e reconstruir... cair e levantar-se! Mas com uma certeza que ainda habita em mim – nasci pra isso – ensinar e aprender é a minha vida é a minha escolha! #Disciplinapositiva #Disciplinapositivaemsaladeaula #gestaodasemocoes #estudantes #professor #professora #educadores #aomestrecomcarinho #saladeaula #escola #educação #educaçãopositiva #paisajudampais #temqueestudar #famíliaunidacresceunida #maisamor #naobataeduque #familiaapoiafamilia #educacaoparental #parentalidadepositiva #maternidade #paternidade

quinta-feira, 14 de março de 2019

Cantinho do pensamento não é legal






O que você sentiria se o seu chefe ou o seu companheiro(a) te olhasse bem nos olhos segurando os seus ombros e dissesse “Eu não gostei do que você fez, vá agora para a sua cadeira e pense nisso, você só vai sair de lá quando eu for te tirar e depois que você me pedir desculpas!”. Ficaria feliz pela ajuda? Aborrecido (a)? Frustrado (a)? 
Imagino muitas coisas que você poderia sentir ou não sentir ao passar por esta situação e entre as coisas que eu tenho certeza que você não sentiria, estão os sentimentos de amor, cuidado e carinho...
Então eu te pergunto:
Como as nossas crianças se sentem ao serem tratadas dessa forma!? O que elas pensam sobre você, sobre si mesmas e sobre quais decisões tomarão futuramente a caminho do cantinho do pensamento?
Pois eh, eu não sei! E provavelmente você também não... porque quando mandamos as crianças para o cantinho do pensamento além de não estarmos lidando com o problema e com todas as emoções e dúvidas, ainda estamos mandando que ela pense em algo sozinha e que muito provavelmente ela nem queira pensar!
Não podemos controlar o que as crianças pensam e ali no cantinho em que deveriam refletir sobre o próprio comportamento, talvez estejam pensando sobre o seu comportamento e enquanto umas estão cheias de mágoa e raiva, outras estão pensando em vingança e em como não serem pegas da próxima vez e ainda há aquelas que pensam em como são “más” ou “não aprendem nada” ou que “nunca serão boas o suficiente”.

Se esta leitura fez sentido para você, então você está convidado a aprender e a ensinar ao seu filho e/ou alunos sobre a importância da “ PAUSA POSITIVA” e quem sabe, criar junto com eles ou elas “O CANTINHO DA CALMA” ou qualquer outro nome que vocês queiram dar... 

 O que você precisa saber sobre o espaço para dar uma “PAUSA POSITIVA” \o/


·         Antes de usar o “cantinho da calma”, converse sobre a utilidade do espaço e ensine às crianças sobre o valor de se acalmar e como é importante que todos se sintam mais calmos antes da resolução de conflitos; 

·         Ensine às crianças que quando se sentirem melhor, devem procurar a solução para o problema. Neste momento, a criança deve procurar o adulto (pais, responsáveis ou professores) e conversar sobre o que aconteceu, nem sempre será necessário falar sobre o assunto, às vezes só a pausa já é suficiente para resolver o problema de comportamento; 

·         Se for preciso conversar após a pausa, tente usar perguntas que estimulem a curiosidade, ajudando a criança a explorar as consequência das suas escolhas e focar em soluções; 

·         Você precisa ser o espelho da criança nesse momento e por isso também deverá fazer pausas positivas quando precisar! 

·         Os adultos e as crianças podem ter lugares diferentes para o momento da “pausa positiva”; 

·         Deixe claro que o “tempo positivo” não tem a intenção de punir ou causar sofrimento; 

·         Quando você perceber que a sua criança precisa de uma pausa, você pode perguntar a ela, respeitosamente, “Te ajudaria ir para o ‘seu lugar feliz?”; caso ela não queira você pode oferecer-se para ir junto “Você gostaria que eu fosse com você”?  (se você não estiver irritado também, não há problema, neste momento o foco é fazê-la se sentir melhor, para que vocês possam conversar e ela aja melhor de uma próxima vez), caso a resposta ainda seja negativa, você pode dizer: “Tudo bem, então eu vou” e vá mesmo, mostre pelo exemplo que dar um tempo não é ruim! 

·         Crie o espaço, junto com as crianças, escolham o tema, decorem, decidam quais brinquedos irão para este lugar especial. 

·         Ofereça sugestões de coisas que possam ser feitas: ler, brincar, descansar, ouvir música, colorir, desenhar... 

·         Deixe que as crianças deem um nome para o espaço, caso elas queiram - por exemplo se a decoração for de animais de fazenda, o nome pode ser “Fazenda do (a)...” Jane Nelsen, fala sobre uma professora que fez uma vovó de tecido bem fofa e quando era preciso, perguntava aos alunos “Te ajudaria ir sentar no colo da vovó por uns minutinhos?”. O cantinho também pode ser um balanço no quintal, um  puff bem grande para se aninhar... O importante é a criança escolher um lugar e objetos ou atividades que a façam ficar bem, e fique lá até que esteja pronta para ser respeitosa e ou dialogar.

Importante 1: Se a criança não tem idade suficiente para ajudar a planejar esse cantinho, então também não tem idade suficiente para usá-lo.

Importante 2: Alguns adultos questionam esse “cantinho divertido” por achar que ele seria uma recompensa pelo mau comportamento, eles ainda acreditam que as crianças devem “pagar pelo que fizeram” sendo punidas e ainda não entenderam que “as crianças agem melhor quando se sentem melhor.”

Depois que vocês criarem o seu cantinho, conta pra mim, vou amar saber...
Vou ficando por aqui... Desejo uma excelente harmonia para a sua família e o bem-estar de todos os seus, hoje e sempre! 

                                                                                                Por Nayara Ramos
                                                         *baseado nos princípios de Disciplina Positiva de Jane Nelsen.


Com quem as crianças aprendem comportamento respeitoso?




O foco da disciplina tradicional, tanto na maioria das famílias quanto nas escolas, mantem o foco no que a criança deve ou não fazer, neste modelo as crianças são receptores passivos das mensagens que os adultos enviam a elas.
Para nós que usamos a disciplina firme e gentil está muito claro que são os adultos que devem ensinar as habilidades sociais e de vida para as crianças. Essa observação embora pareça óbvia, de vez em quando precisa ser lembrada àqueles que não dedicam tempo à educação de suas crianças, mas ficam visivelmente alterados quando as crianças “comportam-se mal.” O que nos leva à pergunta: Com quem as crianças aprenderão bons comportamentos senão com os próprios pais e/ou adultos que as cercam?
Na Disciplina Positiva às crianças são participantes ativas, pois os adultos as orientam sobre as emoções e os comportamentos, levando-as a refletir sobre cada situação e se dispõe a achar soluções para os problemas que surgem junto com elas. Desse modo, elas se descobrem capazes de fazer escolhas (e as fazem muito bem) e adotam comportamentos respeitosos por vontade própria, porque além de fazer sentido pra elas ainda são ensinadas, pelo exemplo, como é bom ser tratado com gentileza e respeito.

Para isso o nosso desafio é:

1- Esquecer essa ideia de que a criança precisa “pagar” pelo que fez – Não, não precisamos fazer as crianças sofrerem para que elas aprendam a diferenciar o certo do errado.
2- Esquecer o passado e focar no presente – Mantenha o foco no presente, no futuro –  “Ok, isso aconteceu e não foi muito legal, o que devemos fazer para que não se repita?”

Você estará ensinando uma habilidade de vida e dando uma oportunidade para que as crianças se desenvolvam sempre que as soluções forem:

Relacionadas
Respeitosas
Razoáveis
Úteis*
 Os três R e um U para focar em soluções*- Jane Nelsen     

Jane Nelsen afirmava que os adultos são responsáveis pela maioria dos erros que as crianças cometem, “Muitos erros acontecem porque não nos dedicamos a ensinar e encorajar. Nós frequentemente provocamos revolta em vez de inspirar melhora.”

Em caso de dúvida sobre a utilidade do que você vai fazer ou falar para a sua criança, você sempre pode se perguntar: está relacionado a esta situação (esqueça o passado)? É respeitoso? é razoável? É útil? Se a sua resposta for NÃO para qualquer uma das alternativas, pense em outra estratégia!

Acredito que cada abraço dado, cada palavra de carinho e sabedoria que você transmitir ao seu filho ou filha estará mudando o mundo para melhor! 

Por Nayara Ramos, baseado na obra Disciplina Positiva de Jane Nelsen


Há uma tragédia silenciosa em nossas casas *


Por: Victoria Prooday

   Terapeuta Ocupacional
                                                                                                                                       Fonte:www.yourot.com
     Traduzido do original: The silent tragedy affecting today’s children.


Há uma tragédia silenciosa que está se desenvolvendo hoje em nossas casas e diz respeito às nossas joias mais preciosas: nossos filhos. Nossos filhos estão em um estado emocional devastador! Nos últimos 15 anos, os pesquisadores nos deram estatísticas cada vez mais alarmantes sobre um aumento agudo e constante da doença mental da infância que agora está atingindo proporções epidêmicas.

📉 As estatísticas:
·                1 em cada 5 crianças tem problemas de saúde mental;
·                um aumento de 43% no TDAH foi observado;
·                um aumento de 37% na depressão adolescente foi observado;
·                um aumento de 200% na taxa de suicídio foi observado em crianças de 10 a 14 anos.

O que está acontecendo e o que estamos fazendo de errado?
As crianças de hoje estão sendo estimuladas e superdimensionadas com objetos materiais, mas são privadas dos conceitos básicos de uma infância saudável, tais como:

·                Pais emocionalmente disponíveis;
·                Limites claramente definidos;
·                Responsabilidades;
·                Nutrição equilibrada e sono adequado;
·                Movimento em geral, mas especialmente ao ar livre;
·                Jogo criativo, interação social, oportunidades de jogo não estruturadas e espaços para o tédio.

EM CONTRASTE, nos últimos anos as crianças foram preenchidas com:

·                Pais digitalmente distraídos;
·                Pais indulgentes e permissivos que deixam as crianças “governarem o mundo” e sem quem estabeleça as regras;
·                Um sentido de direito, de obter tudo sem merecê-lo ou ser responsável por obtê-lo;
·                Sono inadequado e nutrição desequilibrada;
·                Um estilo de vida sedentário;
·                Estimulação sem fim, armas tecnológicas, gratificação instantânea e ausência de momentos chatos.

O QUE FAZER?
Se queremos que nossos filhos sejam indivíduos felizes e saudáveis, temos que acordar e voltar ao básico. Ainda é possível! Muitas famílias veem melhorias imediatas após semanas de implementar as seguintes recomendações:

Defina limites e lembre-se de que você é o capitão do navio. Seus filhos se sentirão mais seguros sabendo que você está no controle do leme.
Oferecer às crianças um estilo de vida equilibrado, cheio do que elas PRECISAM, não apenas o que QUEREM. Não tenha medo de dizer “não” aos seus filhos se o que eles querem não é o que eles precisam.
Fornecer alimentos nutritivos e limitar a comida lixo.
Passe pelo menos uma hora por dia ao ar livre fazendo atividades como: ciclismo, caminhadas, pesca, observação de aves/insetos.
Desfrute de um jantar familiar diário sem smartphones ou tecnologia para distraí-lo.
Jogue jogos de tabuleiro como uma família ou, se as crianças são muito jovens para os jogos de tabuleiro, deixe-se guiar pelos seus interesses e permita que sejam eles que mandem no jogo.
Envolva seus filhos em trabalhos de casa ou tarefas de acordo com sua idade (dobrar a roupa, arrumar brinquedos, dependurar roupas, colocar a mesa, alimentação do cachorro etc.).
Implementar uma rotina de sono consistente para garantir que seu filho durma o suficiente. Os horários serão ainda mais importantes para crianças em idade escolar.
Ensinar responsabilidade e independência.
Não os proteja excessivamente contra qualquer frustração ou erro. Errar os ajudará a desenvolver a resiliência e aprender a superar os desafios da vida.
Não carregue a mochila dos seus filhos, não lhes leve a tarefa que esqueceram, não descasque as bananas ou descasque as laranjas se puderem fazê-lo por conta própria (4-5 anos). Em vez de dar-lhes o peixe, ensine-os a pescar.
Fornecer oportunidades para o “tédio”, uma vez que o tédio é o momento em que a criatividade desperta. Não se sinta responsável por sempre manter as crianças entretidas.
Não use a tecnologia como uma cura para o tédio ou ofereça-a no primeiro segundo de inatividade.
Evite usar tecnologia durante as refeições, em carros, restaurantes, shopping centers. Use esses momentos como oportunidades para socializar e treinar cérebros para saber como funcionar quando no modo “tédio”.
Ajude-os a criar uma “garrafa de tédio” com ideias de atividade para quando estão entediadas.
Estar emocionalmente disponível para se conectar com crianças e ensinar-lhes autorregulação e habilidades sociais.
Desligue os telefones à noite quando as crianças têm que ir para a cama para evitar a distração digital.
Torne-se um regulador ou treinador emocional de seus filhos. Ensine-os a reconhecer e gerenciar suas próprias frustrações e raiva.
Ensine-os a dizer “olá”, a se revezar, a compartilhar sem se esgotar de nada, a agradecer e agradecer, reconhecer o erro e pedir desculpas (não forçar), ser um modelo de todos esses valores.
Conecte-se emocionalmente – sorria, abrace, beije, faça cócegas, leia, dance, pule, brinque ou rasteje com elas.

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quinta-feira, 7 de março de 2019

A Família e a Educação Emocional - TRÊS DICAS FUNDAMENTAIS PARA A PREPARAÇÃO EMOCIONAL DO SEU FILHO OU FILHA

Uma breve introdução... 

         Dizer a uma criança como ela deve se sentir só a faz desconfiar do que ela sente, o que a deixa insegura e a faz perder a autoestima. Por exemplo, se você diz a ela “Você está chorando por essa bobagem!?” ela imediatamente pensa “Se isso não é tão importante assim, então estou me sentindo mal desse jeito porque sou um bobão, uma bobona mesmo.”
          Quando os pais deixam de criticar e/ou menosprezar e/ou desviá-las do que as crianças sentem, elas são capazes de se abrir e a emoção por trás do comportamento fica clara, o que ajuda o pai/mãe compreender o que de fato está acontecendo... ao mesmo tempo os filhos começam a confiar mais nos pais e a vê-los como aliados, pois ficam sabendo que tem um adulto que poderá ajudá-la a deixar de sentir se mal e a encontrar (juntos) uma solução para o problema dela.  Quando os pais/as mães compreendem ou pelo menos tentam compreender a experiência pela qual seus filhos estão passando, eles se sentem amparados. A capacidade de nos colocarmos no lugar do outro de sentir o que o outro sente e reagir de acordo com isso, chama-se EMPATIA!
          Os pais que são preparadores emocionais ensinam aos filhos estratégias para lidar com os altos e baixos da vida, eles aproveitam os momentos em que as emoções "fervem" para ensinar importantes lições de vida às crianças, esse tipo de pai/mãe não se opõe e nem ignora às manifestações de emoções dos filhos, tais como: raiva, tristeza ou medo... eles conseguem se colocar no lugar dos filhos e sentir a sua dor. Ao vê-los irritados, tristes, angustiados, nervosos, batendo o pé... eles dizem à criança que ela tem o direito de sentir e mostra a ela que existem formas mais adequadas de expressar o que está sentindo. A empatia é a base do trabalho de Preparação Emocional.     

             TRÊS DICAS FUNDAMENTAIS PARA A PREPARAÇÃO EMOCIONAL DO SEU FILHO OU FILHA.

1) Perceba a emoção da criança.
🔸Muitas vezes, as crianças expressam as emoções de forma indireta, tente perceber qual é a emoção que está presente por trás do "mal comportamento", solidão, tristeza, vergonha... Pergunte o que está acontecendo e ouça de verdade, evite os julgamentos;

2) Reconheça a emoção como uma oportunidade.
🔸Alguns pais tentam ignorar os sentimentos negativos da criança esperando que eles passem sozinhos, mas não é bem assim que as emoções se resolvem, a criança pode até "esquecer" e começar a fazer outra coisa, mas os sentimentos negativos só se dissipam quando a criança pode falar sobre eles. Ajude a criança a nomear o sentimento e a verbalizar as emoções, tente compreendê-la não julgue, não precisa dá nenhuma opinião se ela não pedir... Apenas ouça, use o coração para sentir verdadeiramente o que o seu filho ou filha está sentindo!
       Não diga a seu filho (a) como ele (a) deve se sentir. A sua função é ajudá-lo (a) a desenvolver um vocabulário para que ele ou ela seja capaz de expressar exatamente como se sente.
🔸Este é o momento perfeito para usar a empatia, conquistar a confiança dos filhos e ensinar-lhes boas maneiras de lidar com os sentimentos negativos.

3) Mantenha o foco na solução do problema
🔸Ao ajudar a encontrar soluções, incentive a criança a pensar por si própria e a resolver o problema, pergunte-lhe o que ela quer, ajude -a escolher as melhores opções pensando também nas consequências.

🔸 Ajude a criança a resolver seus problemas de modo que ele (a) perceba que os sentimentos e os desejos são aceitáveis, mas nem todos os comportamentos são! Combine com a sua criança como agir de modo "adequado" caso a situação venha a se repetir.

🔸Quando as crianças aprendem a regular as emoções negativas elas mesmas passam a buscar soluções para os problemas e conflitos.


O que muda quando a criança tem pais Preparadores Emocionais?
➡ Crianças que têm preparo emocional são fisicamente mais saudáveis e apresentam melhor desempenho escolar do que as que não tem. Estas crianças se relacionam melhor com os amigos, têm menos problemas de comportamento e são menos propensas à violência. Têm mais sentimentos positivos sobre si mesmas e em relação aos outros e à vida.
➡ As crianças com preparo emocional são mais flexíveis. Elas não deixam de ficar tristes, irritadas ou assustadas em circunstâncias difíceis, mas têm mais capacidade de se acalmar, sair da angústia e procurar atividades produtivas. Em resumo, são mais saudáveis e inteligentes emocionalmente.



A FAMÍLIA E O APRENDIZADO EMOCIONAL - OS QUATRO ESTILOS PARENTAIS – DE ACORDO COM JOHN GOTTMAN

 O segredo é o modo como os pais interagem com os filhos quando as emoções se exaltam. Porque, para se educar um filho, o intelecto só não basta.
(autor desconhecido)

➡Daniel Goleman, psicólogo e autor descreve em seu livro Inteligência Emocional a sua pesquisa científica que prova que o cérebro humano é um sistema integrado que inclui elementos COGNITIVOS e EMOCIONAIS, ele também afirma que o Q.I. (Quociente de Inteligência) não é a única ferramenta para determinar a inteligência de um indivíduo e inclui o QE (Quociente Emocional) nesta equação, pois para Goleman é o Q.E quem vai direcionar a parte cognitiva. Para ele a “percepção emocional e a capacidade de lidar com os sentimentos determinam o sucesso e a felicidade da pessoa em todos os setores da vida, inclusive nas relações familiares”, o autor atesta em sua pesquisa que as emoções podem ser trabalhadas a favor ou contra o desempenho humano e que “A família é nossa primeira escola de aprendizado emocional”.


🔸A FAMÍLIA E O APRENDIZADO EMOCIONAL
Os pais preocupam se muito com a educação que vão dar aos filhos, eles desejam que além do sucesso profissional – sendo capazes de realizar conquistas a partir do seu próprio talento - os filhos também tenham sucesso pessoal – sendo suficientemente fortes para enfrentar os problemas da vida.
 ➡Em nossa época - o foco de toda a disciplina era o mau comportamento, daí a criação punitiva que a maioria de nós teve, para os nossos pais não se mencionava o mundo da emoção e os sentimentos que existiam por trás do que era considerado mau comportamento. Hoje, no entanto, para se educar um filho, apenas o foco no intelecto não basta é preciso também trabalhar com a emoção.
➡Inteligência Emocional para pai e mãe significa, reconhecer as emoções das crianças sem repreendê-las, desrespeitá-las ou ignorá-las e ajudar os filhos a identificar as próprias emoções e a impor o limite adequado para aquilo que se sente ao mesmo tempo em que foca em descobrir soluções para os problemas que se apresentam.
➡Os pesquisadores afirmam que as crianças emocionalmente inteligentes são, menos agressivas; mais flexíveis; mais estudiosas; mais concentradas; mais sociáveis e focadas em encontrar soluções para os problemas que a vida impõe (como traumas, perdas e/ou dificuldades).
➡Isso porque elas aprendem a manter a calma diante das situações complicadas; focar em estratégias para resolver um problema; se adaptar a diferentes situações; se concentrar quando necessário; se relacionar socialmente com as diferenças da vida humana e ser empáticas;
➡Os pais que desenvolvem inteligência emocional nos filhos são chamados de
▪“Preparadores Emocionais” por John Gottman, autor do livro “Inteligência Emocional e a arte de educar nossos filhos”, para este autor existe basicamente dois tipos de pais: os que orientam os filhos no mundo da emoção e os que não orientam. 
➡Entre os pais que não orientam os filhos no mundo da emoção, John Gottman identificou três tipos:
▪1) Pais Simplistas - não dão importância, ignoram ou banalizam as emoções …

 OS QUATRO ESTILOS PARENTAIS – DE ACORDO COM JOHN GOTTMAN 

➡ OS PAIS SIMPLISTAS
Não dão importância aos sentimentos da criança;
Ignoram os sentimentos da criança;
Querem que as emoções negativas da criança desapareçam logo;
Costumam tentar distrair a criança para fazê-la esquecer as emoções;
São capazes de ridicularizar ou fazer pouco das emoções da criança;
Acham que os sentimentos da criança são irracionais e, portanto, não contam;
Demonstram pouco interesse no que a criança está tentando comunicar;
Podem ser incapazes de perceber as próprias emoções e as dos outros;
Sentem-se constrangidos, assustados, ansiosos, aborrecidos, magoados ou espantados com as emoções da criança;
Temem descontrolar-se emocionalmente;
Dão mais importância à superação que ao significado das emoções;
Acham que as emoções negativas são prejudiciais ou tóxicas;
Acham que ficar pensando nas emoções negativas só vai piorar as coisas;
Não sabem o que fazer com as emoções da criança;
Veem as emoções da criança como uma exigência para consertar as coisas;
Acham que as emoções negativas mostram que a criança está desajustada;
Acham que as emoções negativas da criança depõem contra seus pais;
Minimizam os sentimentos da criança, desmerecendo os acontecimentos que causaram a emoção;
Não tentam resolver o problema com a criança; acham que os problemas se resolvem com o tempo.

EFEITO DESTE ESTILO SOBRE A CRIANÇA: Ela aprende que seus sentimentos são errados, impróprios, inadequados. Pode aprender que há algo intrinsecamente errado com ela por causa do que ela sente. Pode ter dificuldade em regular as próprias emoções.

➡ OS PAIS DESAPROVADORES
Demonstram muitas das atitudes dos pais simplistas, mas de uma forma mais negativa;
Julgam e criticam a expressão emocional da criança;
Estão preocupados demais com a necessidade de controlar os filhos;
Enfatizam a obediência a bons padrões de comportamento;
Repreendem, disciplinam ou castigam a criança por manifestações de emoção, esteja a criança agindo mal ou não;
Acham que a manifestação de emoções negativas deve ter limite de tempo;
Acham que as emoções negativas precisam ser controladas;
Acham que as emoções negativas refletem deficiência de caráter;
Acham que a criança usa emoções negativas para manipular; isso provoca disputa pelo poder;
Acham que as emoções enfraquecem as pessoas; as crianças precisam ser emocionalmente fortes para sobreviver;
Acham que as emoções negativas são improdutivas, uma perda de tempo;
Veem as emoções negativas (especialmente à tristeza) com um bem a ser poupado;
Preocupam-se bastante com a obediência da criança à autoridade.
EFEITOS DESTE ESTILO SOBRE A CRIANÇA: Os mesmos que os do estilo Simplista.

 ➡ OS PAIS LAISSEZ-FAIRE (permissivos)
Aceitam livremente qualquer expressão de emoção por parte da criança;
Reconfortam a criança que esteja experimentando sentimentos negativos;
Quase não procuram orientar o comportamento da criança;
Não orientam a criança sobre as emoções;
São permissivos, não impõem limites;
Não ajudam a criança a resolver problemas;
Não ensinam à criança métodos para solucionar problemas;
Acham que pouco se pode fazer a respeito das emoções negativas, a não ser afastá-las;
Acham que administrar emoções negativas é uma questão de hidráulica; basta liberar a emoção;

EFEITOS DESTE ESTILO SOBRE A CRIANÇA: Ela não aprende a regular as emoções; tem dificuldade de se concentrar, de fazer amizades, de se relacionar com outras crianças.

 ➡ OS PAIS PREPARADORES EMOCIONAIS
Veem nas emoções negativas uma oportunidade de intimidade;
São capazes de perder tempo com uma criança triste, irritada ou assustada, não se impacientam com a emoção;
Percebem e valorizam as próprias emoções;
Veem nas emoções negativas uma oportunidade importante para agirem como educadores;
São sensíveis aos estados emocionais da criança, mesmo os sutis;
Não ficam confusos nem ansiosos com a expressão de emoção da criança, sabem o que precisa ser feito;
Respeitam as emoções da criança;
Não ridicularizam nem fazem pouco das emoções negativas da criança;
Não dizem como a criança deve se sentir;
Não sentem que precisam resolver todos os problemas para a criança;
Usam os momentos de emoção para:
Escutar a criança;
Demonstrar empatia com palavras tranquilizadoras e afeição;
Ajudar a criança a nomear a emoção que ela está sentindo;
Orientar na regulamentação das emoções;
Impor limites e ensinar manifestações aceitáveis da emoção;
Ensinar técnicas de solução de problemas.

EFEITOS DESTE ESTILO SOBRE A CRIANÇA: Ela aprende a confiar em seus sentimentos, regular as próprias emoções e resolver problemas. Tem autoestima elevada, facilidade de aprender e de se relacionar com as pessoas.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Respire, serás mãe/pai por toda a tua vida!





9 verdades para lembrar quando estiver estressadx com as crianças!

1. Teus filhos fazem coisas de criança!
2. As crianças necessitam de atenção, a qualquer hora e em qualquer lugar! (Fique mais com as crianças e menos nas redes sociais, brinque com ele (a), leve para passear ao ar livre, façam uma caminhada... Crianças não precisam de passeios caros e mirabolantes... Eles só precisam da tua companhia, ouvir a tua voz, de conversar sobre bobagem...) Se eles não tiverem a tua atenção de forma positiva, terão fazendo coisas que te desagradam...
3. A pressa é dos adultos! Quanto mais pressa você tiver, menos paciência terá... mais estressante se tornará a tarefa a ser feita... E mais lentas as crianças ficarão...
4. Não exijas tanto! Peça às crianças apenas o que é adequado à idade de cada uma... Os pequenos precisam que você abra o seu coração! Em alguns momentos estamos exigindo coisas que não fazem nenhum sentido para eles (as)...
5. Liberte-se dos sentimentos negativos! Quando você está de mal humor, fica mais fácil perder a calma! Respirar e pensar em coisas boas e positivas, pode ajudar... 
6. Pratique o autocuidado – Ter um tempo para si e para cuidar de si, mostra às nossas crianças que elas podem cuidar de si mesmas e se amar... é um excelente exercício para desenvolver a autoestima e ainda vai renovar as suas energias!
7. Ame incondicionalmente. Dê as crianças o seu amor! Independente de como você se sente, NUNCA diga a sua pequena ou pequeno... que não gosta mais dele! “Se você fizer isso... mamãe/papai não vai mais gostar mais de você!”.
Essa frase detona os sentimentos da sua criança... Você é a base, toda a referência de amor que ela tem... O primeiro amor, desse serzinho foi você! Além disso você o está ensinando que quando você o/a desagradar, ele(a) também pode não gostar mais de você...
Não deixe o seu filho com essa dúvida dentro do coração! Não o magoe...
8. Escute o choro.  Se ele (a) está chorando, algo está acontecendo. Deixar chorando, não resolve o problema... Se ele já fala, pergunte o que se passa e ouça... Mesmo que não faça sentido... Ele vai se sentir melhor e saberá que pode confiar em você! Se ainda não fala, abrace e digas palavras de carinho... “eu estou aqui para você...”, “Eu te amo”, “Pode chorar, logo você se sentirá melhor”
9. Respire, serás mãe/pai por toda a tua vida! Respeite as crianças, principalmente quando estiver perdido a calma! Se necessitar de um tempo... Cale-se... Respire fundo... Diga claramente “Preciso de um tempo para me acalmar”, quando voltar, volte controladx! Evite a todo custo, gritos... comportamentos violentos, trocar insultos, rótulos...
Além de você manter a calma, ainda ensina a sua criança como ela também pode se acalmar quando precisar, em vez de fazer birra, por exemplo!
Sabe aquela frase “respire fundo e conte até 10, quando estiver com raiva?”,  ela é real!  A respiração é uma grande aliada para o equilíbrio emocional, ela pode ajudar em situações “carregadas”... e pode, inclusive, nos ajudar a termos melhores conversas. (...por isso devemos, também, ensinar as crianças a respirar...)
No entanto, não adianta nada contar até 10 fazendo inspirações curtas. Assim, você apenas estará alimentando o estresse no seu corpo. 😨

Atenção para a DICA: ⬇⬇⬇⬇

É assim que você deve respirar quando sair do controle:

Sente-se de maneira confortável e...
INSPIRE contando até 4 (mentalmente), deixe o ar preencher o espaço da sua barriga e empurrar o seu diafragma para baixo.
RETENHA O AR nos pulmões enquanto conta até  7.
EXPIRE calmamente contando até 8.

Faça isso algumas vezes até sentir que se acalmou.
Contar faz o seu cérebro sair da emoção e voltar para a razão! Experimente... 
Por Nayara Ramos